segunda-feira, 12 de abril de 2010

anatomofisiologia do trato biliar e da bil

O trato biliar é formado pela vesícula biliar e pelos ductos que comunicam o fígado, a vesícula e o TGI, estes ductos são compostos pelo ducto hepático comum que drena a bile do fígado, pelo ducto cístico pelo qual a bile é introduzida e posteriormente expulsa da vesícula biliar e pelo ducto colédoco, tubo responsável por conduzir a bile para o TGI (ver o Anexo I). A vesícula biliar é um órgão responsável por armazenar a bile em seu interior, ela é uma espécie de “saco oco” formado por tecido muscular liso e está localizada numa concavidade do lobo direito do fígado no quadrante superior direito do abdome. A vesícula biliar tem a capacidade de armazenar cerca de 30 a 50 ml de bile.

Após a ingestão de alimentos, cerca de 30 Minutos Após, as células da porção proximal do intestino delgado (duodeno) ao perceber a presença de lipídios no quimo, liberam na corrente sanguínea, colecistocinina, uma hormona que promove a contração da musculatura lisa da vesícula biliar, promovendo assim a ejeção da bile, da vesícula, para o duodeno através do ducto colédoco.

A bile é um liquido esverdeado/amarelado que é produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, ele é composto principalmente de sais biliares, más também contem água, eletrólitos, e algumas substancia lipossolúveis como colesterol, e lecitina, contem também uma pequena quantidade de bilirrubina um pigmento produto da hemólise realizada pelo baço (ver o anexo II). Ela exerce função importante no sistema digestório, pois funciona como um “detergente” que emulsifica as gorduras do bolo alimentar (tornando os lipídios hidrossolúveis) além de promover a absorção dessas substancias lipídicas, ao nível de intestino delgado, substancias como: ácidos graxos, colesterol e algumas vitaminas lipofílicas como as vitaminas A, D, E e K. Também Ajuda no equilíbrio do PH do bolo alimentar, pois as células epiteliais dos ductos biliares excretam, durante a passagem da bile, bicarbonato de sódio que ajuda a neutralizar a acidez, produzida pelo estômago, quando o bolo alimentar, nele estava.

O fígado, dentre outras das varias de suas funções, produz a bile através de atividade colesterol α-hidroxilase na qual o colesterol LDL é reduzido a sais biliares, principal constituinte da bile. São os sais biliares que emulsificam o bolo alimentar e auxiliam na absorção dos lipídios. O fígado produz colesterol através de hidroximetilglutaril CoA (HMG-CoA) redutase porém, também excreta seu excesso sanguíneo pela bile, contudo o colesterol não-conjugado é tóxico para a vesícula, daí ele se agrega com a lecitina e os sais biliares para que não agrida suas células (da vesícula biliar) e também essa ligação com os sais biliares o torna hidrossolúvel já que a bile é um meio aquoso, apesar de conter substancias lipofílicas.

Pode-se entender que a bile é responsável por facilitar a digestão dos lipídios e posteriormente, pela sua absorção no TGI, além disso ela também serve como veiculo de excreção do excesso de colesterol do organismo, contudo, quaisquer disfunções no trato biliar que possam diminuir sua excreção, podem resultar em problemas de digestão e absorção de substancias lipídicas.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Recado





















A leitura do Blog não substitui o estudo nos livros, aqui você encontra a opinião do autor do Blog baseada em diversos outros autores, é importante que o aluno procure ler também os capítulos da bibliografia dada pelos professores. Os textos aqui presentes são mais um aporte de leitura para que possamos aprender mais da disciplina.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Junturas (Grupos)

1 Junturas Fibrosas


1.2 Sutura



2 Junturas cartilaginosas



3 Junturas sinoviais



3.3 Plana

3.4 Em sela




By Thiago Ribeiro

Junturas (Classificação)

As junturas ou articulações são estruturas que unem os ossos uns aos outros intercalando-se entre eles e conferindo estabilidade e movimento ao corpo, são formadas por vários tipos de tecidos que incluem tecido cartilaginoso e tecido conjuntivo fibroso entre outros e a sua classificação é bastante complexa pois há inúmeros tipos diferentes de junturas em nosso corpo. Apesar dessa complexidade, podemos separar e diferenciar os tipos de junturas se levarmos em consideração o tipo de substancia que está interposto entre os ossos, seguindo esse raciocínio podemos identificar três grandes grupos de junturas das quais o tipo de tecido que as constituem diferem-se um dos outros facilitando e possibilitando sua classificação. Estes mesmos três grandes grupos de articulações também podem ser diferenciados entre sí pela amplitude do movimento que proporcionam ao corpo pois, teremos então articulações Não-móveis (que na verdade essas articulações tem um movimento bastante discreto e muito difícil de ser observado), articulações semi-móveis (com movimento de baixa amplitude más facilmente observados) e articulações móveis (que conferem ao corpo movimentos amplos e livres como os movimentos dos membros que permitem que nós possamos nos locomover)
Assim teremos os seguintes grupos de articulações:
  1. Junturas Fibrosas: Encontradas interpostas entre os ossos da cabeça (com algumas exceções), são formadas de tecido conjuntivo fibroso que fixam bem os ossos conferindo um movimento muito discreto difícil de ser observado. Elas se subdividem em três tipos que são: ¹Sindesmose, encontrada na articulação distal entre a tíbia e a fíbula. ²Suturas, articulações que fixam quase todos os ossos da cabeça com tecido fibroso. As suturas ainda se dividem em três tipos, suturas escamosas na qual a peça óssea se encaixa oblícuamente à outra semelhante a uma escama (Ex a articulação temporo-parietal), Suturas Planas quando a superfície de contato entre os ossos é plana (Ex articulação entre os ossos nasais e na linha mediana do maxila) e suturas serreadas ou denteadas presentes em junções cuja a superfície de contato entre os ossos é bastante irregular e uma se entrelaça a outra conferindo mais resistência e firmeza a articulação. ³Gonfóse, é um tipo de articulação fibrosa que fixa a raiz do dente à cavidade alveolar.
  2. Junturas Cartilaginosas: caracterizada por peças te decido cartilaginoso interposto entre a união óssea. Subdivide-se em dois grupos que diferem-se pelo tipo de cartilagem interposta. Assim teremos as junturas cartilaginosas do tipo ¹Sínfise constituída por cartilagem fibrosa e junturas cartilaginosas do tipo ²Sincondrose formada por cartilagem hialina. As sinfises são encontradas entre as vértebras formando os discos intervertebrais e entre os ossos do púbis que é chamado de sínfise púbica (a sínfise púbica feminina se dilata e afasta os ossos do púbis durante a gravidez para aumentar a passagem do bebe). As sincondroses são encontradas na articulação esterno-costal ligando as costelas ao esterno e na articulação esfeno-occipital (no crânio). As articulações cartilaginosas também são chamadas de semi-móveis.
  3. Junturas Sinoviais: São consideradas as mais complexas das articulações pois sua classificação é bastante discutida gerando algumas controvérsias. Uma articulação do tipo sinovial é composta de liquido sinovial, um liquido viscoso que lubrifica a articulação para evitar atrito entre os ossos, de uma cavidade articular entre os ossos que abriga o liquido sinovial e uma cápsula articular formada por duas membranas, uma externa bem dura e resistente composta de tecido conjuntivo fibroso e reforçada com ligamentos e outra interna chamada de membrana sinovial que produz o liquido sinovial, estas cápsulas recobrem toda a articulação sinovial mantendo o liquido sinovial dentro da cavidade articular além de conectar os ossos uns aos outros. As articulações sinoviais são encontradas em todas as junções ósseas de amplo movimento e alguns autores as classificam em seis sub-tipos que são: Sinoviais planas, são junturas que podem ser linearmente planas ou um pouco curvas, elas produzem um movimento de deslizamento entre os ossos. Exemplos de sinoviais planas são: As junturas entre os ossos do carpo e do tarso, e a articulação íleo-sacral. Sinoviais Trocóide, são articulações que permitem que a peça óssea gire entorno do seu próprio eixo (semelhante a um pivô), exemplo delas são: a articulação radio-ulnar proximal, e a articulação atlânto-axial entre o dente do axís e o átlas. Sinoviais Esferoides São as mais fáceis de serem identificadas, se caracterizam por uma grande peça convexa e arredondada que se encaixa em outra peça côncava semelhante sendo estas as articulações que permitem o movimento de maior amplitude do corpo. Exemplos são as articulações coxo-femural e glêno-umeral. Sinoviais Ginglimo são junturas que promovem um movimento de dobradiça como por exemplo as articulações Úmero-ulnar. Sinoviais Condilares são junturas encontradas nas conexões ósseas que possuem um acidente ósseo chamado de cóndilo uma saliência de forma elíptica-convexa, classificando pela sua morfologia temos como exemplo as articulações temporo-mandibular, atlânto-occipital e a articulação do joelho. Sinovial em Sela, o único exemplo deste tipo é a articulação carpo-metacarpica do polegar que caracteriza-se por uma peça óssea montada sobre outra semelhante a uma sela de cavalo. Outras características das junturas sinoviais são: A presença de discos e meniscos, estruturas formadas por tecido fibroso que se interpõe entre os ossos servindo como uma espécie de amortecedor que protege as junturas de impactos. Outra característica é que a parte da superfície óssea envolvida neste tipo de articulação é recoberta de cartilagem hialina que da um aspecto esbranquiçado, liso e polido. essa camada de cartilagem hialina serve para que os ossos deslizem uns sobre os outros sem que haja atrito e desgaste dos mesmo.
Veja também os tipos de junturas organizadas em grupos:

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sistema Tegumentar (Anexos da Pele)

São estruturas que exercem várias funções na pele, são formadas quase sempre por invaginações da epiderme na derme como as glândulas sudoriparas. Algumas delas serão descritas a seguir:

Glândulas Sudoriparas: São glândulas produtoras de suor que, esfriam a pele quando sua temperatura está elevada além de excretarem toxinas. Elas se dividem em dois sub-tipos: ¹ Glândula Sudoripara típica (ou écrina) e ²glândula Sudoripara Atípica (ou apócrina). As glândulas típicas são encontradas em toda a superfície do corpo com maior concentração na palma das mãos e planta dos pés, produzem e excretam uma solução basicamente composta de água e alguns sais. São glândulas exócrinas bem pequenas formadas por um enovelado de células que excretam sua solução diretamente na superfície da pele através de estruturas tubulares conhecidas como poros. Glândulas Atípicas são encontradas em regiões da pele coberta de pelos com as axilas e a região perianal, são maiores que as glândulas típicas e mais profundas, sua solução excretada além de água e sais é constituída de parte do citoplasma de suas células excretoras dando a essa solução um odor fétido. Outra característica que as diferem das típicas e o local onde sua solução é excretada, ao contrario delas as glândulas atípicas liberam sua solução através de túbulos dentro do folículo piloso (novelo que abriga a raiz dos pelos).
Glândulas Sebáceas: São glândulas encontradas em toda superfície coberta de pelos, são estruturas que se enovelam no folículo piloso e excretam uma solução rica em lipídios chamada de sebo que lubrifica e protege os pelos e a superfície da pele, este sebo também tem ação microbicida pois possui enzimas com a capacidade de digerir alguns microorganismos. Existem locais da pele que não contem pelo más possuem glândulas sebáceas como a mucosa da glande do pênis e dos lábios menores da genitária feminina.
Unhas: São placas encontradas na superfície distal dos dedos formadas de queratina dura fortemente unidas umas as outras, originam-se de células epiteliais que foram sua raiz. em média elas crescem cerca de 0,5 mm por semana e alterações e deformidades dela podem indicar algumas disfunções endócrinas e psíquicas. Acredita-se que servem para proteger os dedos contra lesões pois suas pontas sofrem muita pressão e atrito e a ausência delas permitiria tal problema.
By Thiago Ribeiro

Acesse Também










Blog que aborda o ramo da patologia.

clique no link abaixo e confira

Downloads (Videos de Dissecção Humana)

Pele e tecido subcutâneo

















Vídeo em inglês com uma abordagem bastante didática e de fácil entendimento, excelente para o compreendimento dos estudos abordados no Blog.

Clique no link abaixo para download

Atenção


Termos de Uso para Downloads

Todos os links e arquivos que se encontram no site, estao hospedados na propria Internet, somente indicamos onde se encontra, nao hospedamos nenhum CD ou programas que seja de distribuiçao ilegal.
Qualquer arquivo protegido por algum tipo de lei deve permanecer, no máximo, 24 horas em seu computador.
Eles podem ser baixados apenas para teste, devendo o usuário apagá-lo ou compra-lo após 24 horas.
A aquisicao desses arquivos pela internet é de única e Exclusiva responsabilidade do usuário.
Os donos, webmasters e qualquer outra pessoa que tenha relacionamento com a producao do site nao tem responsabilidade alguma sobre os arquivos que o usuário venha a baixar e para que ira utiliza-los.


domingo, 17 de janeiro de 2010

Sistema Ósseo

Medula óssea
A substancia compacta de um osso longo forma uma espécie de cilindro contendo em seu interior um canal, esse canal chamado de canal medular abriga outra substancia conhecida como medula amarela, essa medula na verdade é constituída de tecido adiposo, esse tecido não constitui originalmente a medula de um determinado osso e não tem função hematopoiética. Durante o inicio da vida de uma pessoa no interior de seus ossos há outro tipo de medula conhecida como medula vermelha, essa medula ao longo da vida vai sendo substituída por tecido adiposo que se deposita principalmente no canal medular restando em um adulto, medula óssea vermelha abrigada principalmente na substancia esponjosa de alguns ossos. A medula vermelha é muito importante pois ela é quem produz componentes sanguíneos como hemarcias, leucócitos e plaquetas.
Há um equivoco entre as pessoas que confundem medula óssea com medula espinhal, esses dos tipos de tecidos são diferentes e tem funções diferentes, a medula óssea é um tipo de tecido, composto por tecido conjuntivo rico em células progenitoras que, ao se diferenciarem formão os elementos do sangue como hemarcias etc. A medula espinhal localizada ao centro e ao longo da coluna vertebral faz parte do sistema nervoso central (SNC) é formada por tecido nervoso, ela tem a função de conduzir os impulsos nervosos produzidos no encéfalo e distribui-los através dos nervos espinais para todo o corpo. Há casos de doenças como e o caso da leucemia em que é necessário o transplante de medula, más o tecido transplantado é a medula óssea por esse tecido ter função hematopoiética e não a medula espinhal a qual não pode receber nenhum tipo de lesão pelo risco de causar para e tetra plegia e muito menos, ter uma parte retirada para transplante.
By Thiago Ribeiro

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sistema Tegumentar

O Tegumento
É um sistema formado pela pele e seus anexos, exerce varias funções como: proteção dos órgãos internos, proteção contra a entrada de microorganismos, impermeabilidade do corpo além de ser responsável pelo sentido do tato e participar da regulação da temperatura corporal entre outras funções. A pele é o maior órgão do corpo humano e é formada por duas camadas distintas, Derme e Epiderme e repousa sobre uma tela subjacente a ela, composta por tecido adiposo (Rico em adipócitos) que é conhecida como hipoderme, esta camada auxilia na manutenção da temperatura corporal e na fixação da pele ao corpo. A hipoderme como foi dito é um tecido subjacente a pele ou seja ela não faz parte das camadas da pele que compreende apenas Derme e Epiderme.

Epiderme
É a camada mais superficial da pele, ela deriva da ectoderme embrionária, é um tipo de epitélio (estratificado multi-pavimentoso), sua espessura depende de sua localização pois em áreas que sofrem mais atrito esse epitélio torna-se mais espesso (principalmente na palma das mãos e planta dos pés).
Ela assim como outros epitélios não recebem vascularização e a nutrição de suas células dar-se na sua camada mais profunda que tem intimo contato com a derme (que é vascularizada). Esta camada mais profunda é denominada de camada germinativa, ela tem ação mitótica intensa e produz novas células que empurram as células mais velhas em direção a superfície da pele. Estas células recém geradas por mitose, recebem um aporte de sobrevida de nutrientes através da lamina basal (camada de células que separa derme de epiderme) e duram aproximadamente 12 dias chegando já mortas a camada mais superficial da epiderme camada esta que descama constantemente para que haja a renovação da pele.
A epiderme é formada por cinco camadas que são: Duas Camadas Germinativas ¹Basal e ²Espinhosa, Camada Granulosa, Camada Transparente e a mais superficial delas a Camada Córnea.
Camada Germinativa Basal: É a mais profunda das camadas da epiderme, ela é formada por células mais o menos cilíndricas unidas umas as outras através de desmossomos (junções celulares formadas por placas e filamentos protéicos) e apóiam-se sobre a lamina basal, estas células sofrem mitoses sendo a camada germitativa basal a responsável pela renovação constante da epiderme.
Camada Germinativa Espinhosa: Esta camada repousa sobre a camada germitativa basal, suas células são poliédricas com citoplasma rico em tonofiblilas, tem forma espinhosa devido a projeções de seu citoplasma e também são ligadas umas as outras através de desmossomos. É uma camada que confere resistência a atritos e infecções a pele.
Camada Granulosa: Suas células são achatadas e possuem grânulos precursores da queratina, estes grânulos possuem uma membrana fosfolipídica que impede a passagem de algumas substancias como por exemplo a água impedindo assim a evaporação. A medida em que esses grânulos (basófilos de queratina) se desenvolvem promovem a desintegração do nucleo celular culminando em sua morte.
Camada transparente ou lúcida: Camada delgada que forma uma fina linha clara, brilhante e homogênea composta de células achatadas anucleadas com citoplasma rico em eleidina que mais tarde se transformará em queratina.
Camada Córnea: É a camada mais superficial da epiderme, é nela que a eleidina é transformada em queratina, estás células já mortas tornam-se escamas córneas que aderem umas as outras promovendo a impenetrabilidade de agentes externos que possam vir a agredir nosso organismo.

Derme
A Derme é a camada mais profunda e mais espessa da pele, ela repousa sobre tecido adiposo e é bastante vascularizada, consiste em um tecido conjuntivo (TC) frouxo que deriva da mesoderme embrionária e possue duas camadas sem delimitação entre si. Tem muita matriz extracelular (MEC) composta de fibras de colágeno e suas células são na grande maioria fibroblastos más, também podem ser encontrados macrófagos e adipócitos sempre em conjunto. As camadas da derme são a camada reticular mais espessa e camada papilar formada por papilas dérmicas.
Camada Reticular: É a chamada que está logo acima da tela subcutânea, que recebe este nome por que sua MEC se entrelaça formando uma espécie de rede, tem poucos capilares contendo um numero mais elevados deles apenas em suas estruturas anexas.
Camada papilar: É uma camada formadas por projeções da própria derme na epiderme chamadas de papilas dérmicas, possuem uma rede capilar muito grande em forma de alça que adentra essas papilas para dar aporte nutritivo as células da epiderme estas estruturas também são responsáveis pela formação de conhecidas marcas na pele chamadas de impressões digitais encontradas em toda a palma da mão e planta dos pés.
by Thiago Ribeiro


veja também

sábado, 29 de agosto de 2009

Sistema Ósseo

O Esqueleto.

Habitualmente o termo esqueleto é erroneamente conceituado como um conjunto de ossos, esse conceito é errado pois esqueleto, não significa necessariamente um conjunto de ossos. Vários seres vivos invertebrados tem o seu esqueleto de proteção que, não são formados por ossos. Basicamente existem dois tipos de esqueleto: endoesqueleto que significa esqueleto interno muito comum em vertebrados como mamíferos, peixes etc. e exoesqueleto que significa esqueleto externo comumente encontrado em invertebrados como antrópodes, crustáceos etc. O esqueleto humano é formado por ossos, más no próprio homem há estruturas que justificam que o conceito "conjunto de ossos", é um conceito indevido. Estruturas como o esqueleto do coração formado por tecido fibroso que serve como um isolante elétrico ou o citoesqueleto, um microesqueleto formado por proteínas tubulares que dão sustentação a nossas células.

funções do esqueleto
O esqueleto humano compreende uma estrutura de sustentação formada por centenas de ossos unidos através de junturas, estes ossos exercem varias funções em nosso corpo como: sustentação (proporcionando a manutenção estável das estruturas corporais), proteção (protegendo órgãos como o cérebro, pulmões e coração entre outros), alavancas (em conjunto com os músculos dão livre e amplo movimento ao corpo), armazenamento de minerais (cerca de 99% do cálcio do corpo está armazenado nos ossos junto com o fósforo entre outros minerais) além de serem órgãos hematopoiéticos (fabricando os componentes sanguíneos) .

Histologia
O osso é uma estrutura formada por tecido conjuntivo envolto a uma matriz extracelular (MEC) ricamente mineralizada, osteoclastos osteócitos e osteoblastos são as células que formam o tecido ósseo. A MEC óssea é um composto extracelular constituído de de duas partes, uma inorgânica basicamente composta de cálcio e fosfato e outra orgânica composta principalmente de fibras de colágeno tipo I. A associação de fibras colágenas e hidróxiapatita (fosfato de cálcio) resulta na dureza e resistência dos ossos.

Substancia óssea
Macroscopicamente o osso é composto por dois tipos de substancia: Substancia Esponjosa onde as lamínulas ósseas se agrupam irregularmente por serem de tamanho e formas diferentes formando uma estrutura similar a uma esponja e Substancia Compacta, nesse tipo as lamínulas agrupam-se face-á-face, formando a porção mais consistente e rígida do osso.

Classificação
Quanto a localização o esqueleto humano pode ser classificado como Esqueleto Axial e Esqueleto Apendicular. O esqueleto axial compreende o eixo do corpo formado pelos ossos do crânio e face, coluna vertebral e caixa torácica (formado pelas costelas e o osso esterno), já o segundo, apendicular é formado pelos ossos que estão apensos ao primeiro (axial) ou seja os membros, superiores e inferiores que estão presos e dependurados ao eixo do corpo. O esqueleto apendicular é preso ao esqueleto axial através de duas "cinturas": Cintura escapular formado pela clavícula e escápula (ou cingulo dos membros superiores) que fixam os membros superiores ao esqueleto axial e a cintura pélvica (ou cingulo dos membros inferiores) formada pelos ossos do quadril (íleo, ísquio e púbis) que unem os membros inferiores também ao esqueleto axial.

Os ossos podem ser classificados quanto a sua forma em ossos longos, curtos, planos e irregulares, os quais são classificados a partir da relação, espessura x Largura x comprimento. A outros ossos especiais classificados devido a algumas peculiaridades como: pneumáticos e sesamoides .
  • Ossos longos:
São ossos cujo o comprimento supera a largura e a espessura, ossos como o Fêmur, Radio, Ulna, Úmero, Tibia, Falanges, Fíbula, Costelas etc. se encaixam perfeitamente nessa classificação. São ossos compreendidos por duas partes: Diáfise: o corpo do osso composto por substancia compacta e a Epífise: suas extremidades, composta principalmente por substancia óssea esponjosa. Epífase e diáfise estão unidas por uma linha cartilaginosa chamada Linha Epifisial. A linha epifisial e a responsável pelo crescimento ósseo em comprimento. Essa linha cartilaginosa durante o inicio da vida do ser humano e ao longo da infância e adolescência doa células para o tecido ósseo, células essas que se depositam neste tecido. esta linha se calcifica no inicio da vida adulta cessando o crescimento dos ossos.
  • Ossos Curtos:
São ossos cujo o comprimento, largura e espessura se equivalem conferindo a eles formas semelhantes a cubos, são exemplos os ossos do carpo e do tarso.
  • Ossos Planos:
Também chamados de laminares ou largos, são ossos com equivalência entre largura e comprimento, que se sobressaem a espessura que é reduzida. São exemplos de ossos planos o esterno, frontal parietais, escapula, íleo entre outros.

  • Ossos Irregulares:
São ossos cuja a sua forma não é associada a nenhuma forma geométrica conhecida, nem se pode fazer uma mensuração exata de suas dimensões pois são bastantes peculiares, temos exemplos de ossos irregulares, as vértebras, o osso temporal, o esfenóide, o maxila, o etimóide entre outros.
  • Ossos pneumáticos:
São ossos encontrados na face de mamíferos, esses ossos possuem camaras internas que contem ar, essas camaras são chamadas de sinus ou seios paranasais. Freqüentemente algumas pessoas sofrem de recorrentes inflamações nesses sinus, o que é chamado de sinusite. Os seios paranasais são recobertos de tecido conjuntivo e a inflamação desse tecido um constante problema na vida de algumas pessoas. A função destes seios é aquecer o ar que entra pela cavidade nasal e passa em direção as pulmões durante a inspirarão (o ar localizado dentro dos sinus ou seios paranasais, faz troca de calor com a região encefálica o que ajuda a estabilizar a temperatura dessa região aquecendo também os próprios seios por essa troca aquecer esse ar de seu interior, a partir dai esses seios aquecidos também fazem troca de calor com o ar que passa pela cavidade nasal, aquecendo-o antes de chegarem aos pulmões), São exemplos de ossos pneumáticos os ossos maxila, temporal, frontal, etmóide e esfenóide. Como vimos alguns osso se classificam em dois grupos ao mesmo tempo como é o caso do osso frontal que é um osso plano más que também é um osso pneumático e os ossos maxila, temporal, esfenóide e etmóide que são ossos irregulares mas que também são pneumáticos.
  • Ossos Sesamoides:
São ossos que se desenvolvem na substancia de tendões ou articulações sendo conhecidos também como ossos intratendíneos e periarticulares. A patéla é um osso sesamoide intratendíneo pois ela se funde no tendão patelar. Ao longo da vida algumas pessoas desenvolvem ossos sesamoides periarticulares em algumas articulações o que pode causar dor e diminuir a amplitude do movimento articular, esses ossos são resultados de migrações de MEC óssea ainda durante a vida intra-uterina, de ossos em formação para essas regiões periarticulares.

Periósteo
Assim como todos os outros tecidos do nosso corpo, os ossos também precisam de nutrientes para não necrosarem, o osso é bastante vascularizado e é revestido por uma membrana chamada periósteo que é o responsável pela nutrição do osso, além de doar células para que ele possa realizar o seu crescimento em espessura e também recuperar traumas. Essa membrana reveste toda a diáfise do osso e parte das epífises exceto nas fases articulares, superfície recoberta por cartilagem hialina que dá um aspecto liso e polido as extremidades ósseas. O periósteo é uma membrana muito vascularizada e bastante resistente, ela possui duas camadas, uma externa (camada fibrilar) composta de tecido conjuntivo denso e fibroblastos e outra interna (camada celular) composta de células osteoprogenitoras que mais tarde irão se diferenciar em osteoblastos compondo e sintetizando tecido ósseo.

Estudo prático
A superfície óssea é bastante irregular, nela podemos observar tubérculos, fossas, forames, condilos, tuberosidades, sulcos, proeminências entre muitas outras irregularidades chamadas acidentes anatômicos. o que se pode entender é que todas essas irregularidades tem funções especificas como:
As fossas geralmente servem para encaixar uma peça óssea à outra. Ex. A cabeça do fêmur se encaixa em uma fossa localizada bem na junção entre os ossos do quadril, chamada de fossa do acetábulo; A cabeça do úmero também se encaixa em uma fossa chamada de fossa glenóide situada na região lateral da escápula: Outro exemplo é a junção temporo-mandibular onde a cabeça da mandíbula se encaixa também em uma fossa situada no osso temporal chamada de fossa mandibular.
Os forames são orifícios que servem para que estruturas como vasos sanguíneos e nervos penetrem ou atravesses um tecido ósseo. Ex. O forame magno que é uma grande abertura situada no osso occipital na base no crânio pelo qual passa a medula espinhal; Ou os varios forames da face como os forames: zigomático-facial, infra e supra orbital, mental e mandibular Etc. orifícios por onde passam nervos e vasos sanguíneos.
As saliências muito encontradas na superfície óssea tem muitas funções como se fixar as fossas de outros ossos ou fixar músculos ao osso através de seus tendões entre outras.
O estudo destes acidentes devem ser aprofundados em aulas práticas em laboratório para uma melhor compreensão do assunto.
by Thiago Ribeiro